Não é momento: momentos passam
No amor, transbordamos os momentos
Na fluidez do tempo, nele os sentimentos permanecem e se vive o turbilhão de uma não-calma feliz
Mas há um momento de amar - ele acontece, mas sabemos por que?
Tal qual um encontro sem porquês
No jogo do amor, seu tabuleiro é o mundo, as peças somos nós, as jogadas sentimentos, o xeque-mate a felicidade
Mas nem sempre há xeque-mate!
Amar não é fácil: há que lutar!
É pelo encontro que a alegria de gozar o mundo, gozar a vida, fazer vida e se confundir com ela, acontece
Há um querer estar com outro, no outro, em outro...
Amantes são loucos, bizarros, pois formam o "nós", e assim esquecem do "eu"
Amantes se confundem com a vida, e enlouquecem, embasbacam
É por isso que os amantes são ridículos, pois transbordam sorrisos, carinhos, arrepios, risadas, gozos e também saudade
Mas não amar é chato, é amargo, sem luz
Melhor é amar, embasbacar, ridicularizar o banal do mundo
Muito de corpo, mas tanto corpo quanto sexo, mas não apenas... muito mais que corpo, tem que ter alma... E tem! pois somos muito de alma e uma porção de corpo - Já dizia Descartes
Amar é transbordar em um reencontro com a vida
vida é amor
O resto é ilusão